segunda-feira, 25 de julho de 2011

Gostas de festejar o teu aniversário?

- Se tens mais de 40, não deves gostar. A partir dos 40, ninguém gosta.
- De resto, só quem tem baixa auto estima é que não gosta. Portanto, quem não gosta de celebrar o seu aniversário e tem menos de 40, é porque precisa de aumentar a sua auto estima ;)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

"A aventura da experiência" de Miguel Esteves Cardoso

Até chegar aos 19 anos um rapaz julga que, em matéria de raparigas, tudo o que vem à rede é peixe. Namora tudo o que se move. Se uma pestana bate, o coração rebenta. Se um arbusto treme, salta-lhe para cima. Um verso de amor, um centímetro de tornozelo, um vestido às flores com um ser vivo lá dentro, um dia bonito ou um dia feio - qualquer coisa desencadeia a paixão.
Folheando as revistas da mãe e detendo-se estudiosamente nas páginas dedicadas à roupa interior, fatos de banho, loções de pele, bronzeadores e tudo o mais que seja susceptível de revelar a sombra de um mamilo ou o mapa de uma anca, o rapaz adolescente compreende pela primeira vez que, em qualquer época histórica, mas sobretudo na dele, há aproximadamente 986 568 995 mulheres muito, muito desejáveis. Dessas, ele vai conhecer 27, das quais 26 não lhe hão-de ligar nenhuma. É uma angústia. Entretanto, a única que lhe sobra, que se interessa por ele, dá-lhe cabo da cabeça e depois foge com outro.
Até aos 20 anos o objectivo imposto pelas camaradagens masculinas é tentar atropelar tudo o que lhe aparece pela frente. Segundo o credo machista dos liceus, o que distingue o verdadeiro macho é não distinguir entre fêmeas. Vai tudo ao castigo. Não há mulheres feias. Como dizia Vinicius de Moraes, «Não dormi com todas as mulheres bonitas que vi, mas ninguém me pode acusar de não ter tentado.» Claro que os rapazes não são assim. Os rapazes são iguais às raparigas. Mas fingem entre si que são, para não parecer mal. E aí é que está o mal.
Quando os homens crescem, o número de namoradas que têm no livro dos telefones é visto como o número de medalhas no peito de um soldado. Os homens com muitas amantes no passivo são «conquistadores», «experientes», e logo desejáveis. Em contrapartida, as mulheres com a mesma história são umas «desgraçadas» ou umas «devoradoras de homens».
Por causa destas ideias, o rapaz que vai para a cama com uma rapariga sente que a «engatou». Isto é, convenceu-a a fazer uma coisa que doutro modo não teria feito. Enganou-a. Cantou-lhe a «canção do bandido» e enganou-a. Meteu-lhe vodka no sumo de laranja e entonteceu-a. Como um lobo que aprende a assobiar para chamar a pomba à boca, papou-a. Ele é o espertalhão, a segunda intenção, o papador, o deixa-lá-que-eu-depois-telefono. Ela é a estúpida, a galinha, a papada, a será-que-ele-me-vai-respeitar-amanhã-de-manhã? Ele é o castigador. Ela vai ao castigo. Ele goza. Ela sofre.
Tudo isto é ridículo. Aos 20 anos, o homem aprende naturalmente que a vida não é tão simples. A certa altura repara que, quando ele está de costas a mudar o disco, a rapariga a quem ele pôs vodka no sumo de laranja sem ela ter visto, aproveita para deitar mais dois dedos de vodka para o corpo dele. Quando ele não arranja coragem para perguntar se ela não quer passar a noite, ela anuncia, de mala remexida na mão, que perdeu as chaves de casa. Já recolhidos no sofá-cama começa uma guerra cerrada de colchetes, ganchos, atacadores, presilhas e fivelas que ele perde as batalhas todas. Sente-se parvo. Dir-se-ia que estava a fazer testes primitivos de resistência ao elástico do soutien. Ela perde a paciência e faz de 115, socorrendo-o com a ambulância silenciosa dos dedos. De repente, enquanto ele a «come», há qualquer coisa, uma impressão, a louca ideia de que ela se está a divertir tanto quanto ele... É então que ele ganha o insight da idade adulta. É que ele está a ser profundamente comido também.
Entristece. Mói, desilude, já não apetece. Que triste é o desengano do aspirante a malandro quando aprende que não enganou ninguém. (Alguns caem, por causa disso, no extremo oposto, julgando que são as mulheres que engatam os homens, sem estes saberem.) Então o homem percebe que é no sexo que se prova que os sexos são iguais. Daí até à revelação seguinte é um simples passo. Humilhado, com a pilinha desanimada a balouçar entre as pernas, o homem retira-se e repensa. Emergirá com o conceito que quase todas as raparigas aprendem aos três anos de idade: o conceito do critério. Afinal nem tudo o que vem à rede é peixe... e mesmo que fosse, considerando que só se gosta de robalo, ou de faneca. Dantes sentia-se obrigado a atirar-se a todas as raparigas. É um alívio poder atirar-se só àquelas de que gosta. Assim ninguém engana ninguém. Ou melhor: toda a gente engana toda a gente. Só que...
É preciso denunciar a pressão debaixo da qual vive a grande maioria dos rapazes. Porque é que se há-de ser engatatão? Que importância tem? Passa-se a juventude inteira a mentir, a fingir ter tido as namoradas que nunca teve e nunca apeteceu ter, só para não ficar mal visto. É uma conspiração colectiva em que todos participam e ninguém acredita. Os rapazes mais ffeios, ou mais desinteressados, mais apaixonados pelas letras ou pelas ciências, passam dias angustiados sofrendo a promiscuidade que não lhes apetece. E para quê? Para nada.
O que é a experiência? Nada. É o número dos donos que se teve. Cada amante é uma coronhada. São mais mil no conta-quilómetros. A experiência é uma coisa que amarga e atrapalha. Não é um motivo de orgulho. É uma coisa que se desculpa. A experiência é um erro repetido e re-repetido até à exaustão. Se é difícil amar um enganador, mais difícil ainda é amar um enganado.
Desengane-se de vez a rapaziada. Nenhuma mulher gosta de um homem «experiente». O número de amantes anteriores é uma coisa que faz um bocadinho de nojo e um bocadinho de ciúme. O pudor que se exige às mulheres não é um conceito ultrapassado - é uma excelente ideia. Só que também se devia aplicar aos homens. O pudor valoriza. O sexo é uma coisa trivial. É por isso que temos de torná-lo especial. Is para a cama com toda a gente é pouco higiénico e dispersa as energias. Os seres castos, que se reprimem e se aguardam, tornam-se tigres quando se libertam. E só se libertam quando vale a pena. A castidade é que é «sexy». Nos homens como nas mulheres. A promiscuidade tira a vontade.
Uma mulher gosta de conquistar não o homem que já todas conquistaram, saquearam e pilharam, mas aquele que ainda nenhuma conseguiu tocar. O que é erótico é a resistência, a dificuldade e a raridade. Não é a «liberdade», a facilidade e a vulgaridade. Isto parece óbvio, mas é o contrário do que se faz e do que se diz. Porque será escandaloso dizer. numa época hippificada em que a virgindade é vergonhosa e o amor é bom por ser «livre», que as mulheres querem dos homens aquilo que os homens querem das mulheres? Ser conquistador é ser conquistado. Ninguém gosta de um ser conquistado. O que é preciso conquistar é a castidade.



Às vezes há pequenos 'contos' que só dizem grandes verdades (:

terça-feira, 12 de julho de 2011

Parabéns!

"Parabéns para ti,
Parabéns para ti,
Parabéns para tii
Mas o bolo é para mim!"

Pois... Foi exactamente isso que aconteceu ontem. As aniversariantes não comeram quase nada. -.-'

quarta-feira, 6 de julho de 2011


Às vezes gostava que tudo fosse tão simples, tão mais parecido como aquilo que estas crianças dizem. A mente de uma criança é a mais inocente de todas. As crianças não mentem. Mas será que isto é mesmo verdade? Gostava de acreditar que sim. (:

terça-feira, 5 de julho de 2011

Optimus Alive



Durante 3 dias e meio vou viver uma aventura com 2 amigas. Vou ao Optimus Alive e, apesar de estar perto, vou acampar com elas. Vai ser brutal! Em cada um dos dias do Alive vou ter a oportunidade de reencontrar amigos e de ver bandas espectaculares a actuarem.
Espero não me desiludir e adorar tudo!